Repetindo post, mas vale a pena.
Muito legal!
A Folha de S.Paulo informa hoje que a Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) inicia hoje uma Campanha publicitária para dizer que Deus pode não existir. As peças de propaganda com frases como “Religião não define caráter” e “A fé não dá respostas. Ela só impede perguntas”, circularão em ônibus de Salvador e Porto Alegre por um mês.
“A campanha teve início no Reino Unido em 2009 e se espalhou por outros países, com resultados distintos. Nos EUA e na Espanha, a iniciativa deu certo, provocando a esperada polêmica. Na Itália, a veiculação foi proibida. Na Austrália, a companhia responsável por anúncios em ônibus se recusou a exibi-los”, escreve Hélio Schuwartsman. “Algo parecido aconteceu em São Paulo. Depois que conheceu o conteúdo dos anúncios, já após a assinatura do contrato, a empresa que os veicularia se negou a fazê-lo, alegando que a legislação proíbe temas religiosos”.
A notícia informa também que “metade dos cerca de R$ 10 mil utilizados na campanha brasileira vem de pequenas doações e de recursos da própria instituição. A outra metade vem de um único doador paulista que prefere permanecer anônimo”.
Isso me fez lembrar aquela história dos dois rabinos que invadem a madrugada discutindo a existência de Deus e, depois de umas taças de bom vinho, concluem que Deus não existe. Já tarde da noite cada um vai para o seu aposento, mas como de costume acordam bem cedo. Um deles, entretanto, não se apresenta para o desjejum. O outro sai à sua procura vasculhando a casa, e logo encontra o amigo no jardim fazendo seu rito matinal. Ele tem a cabeça coberta com o solidéu, os ombros com o tallit, o manto de orações, e em voz alta repete o Shacharit e o Shema.
– O que você está fazendo?
– Minhas orações matinais, responde o outro com naturalidade.
– Mas nós não concluímos que Deus não existe?
– E o que é que Deus tem a ver com isso?
Via - Blog do Ed René Kivitz
Ed René Kivitz
Os dez homens importantes sentados ao redor da bola discutiam acaloradamente:
– A bola é grená, disse um.
– Claro que não, a bola é bordô, retrucou outro em tom raivoso.
Todos estavam fascinados pela beleza da bola e tentavam discernir a cor da bola. Cada um apresentava seu argumento tentando convencer os demais, acreditando que sabia qual era a cor da bola. A bola, no centro da sala, calada sob um raio de sol que entrava pela janela, enchia a sala de uma luminosidade agradável que deixava o ambiente ainda mais aconchegante, exceto para aqueles dez homens importantes, que se ocupavam em defender seus pontos de vista.
– Você é cego?, ecoou pela sala gerando um silêncio que parecia ter sido combinado entre os outros nove homens importantes. Era até engraçado de observar a discussão – na verdade era trágico, mas parecia cômico. Todos os dez homens importantes usavam óculos escuros, cada um com uma lente diferente. Talvez por causa dos óculos pesados que usavam, um deles gritou “você é cego?”, pois pareciam mesmo cegos.
Depois do susto, a discussão recomeçou. O sujeito que acreditava que a bola era cor de vinho debatia com o que enxergava a bola alaranjada, mas um não ouvia o que o outro dizia, pois cada um usava o tempo em que o outro estava falando para pensar em novos argumentos para justificar sua verdade. Aos poucos, a discussão deixou de ser a respeito da cor da bola, e passou a ser uma troca de opiniões e afirmações contundentes a respeito das supostas cores da bola.
A partir de um determinado momento que ninguém saberia dizer ao certo quando, os dez homens tiraram os olhos da bola e passaram a refutar uns ao outros. Em vez de sugestões do tipo “a bola é vermelha”, todos se precipitavam em listar razões porque a bola não era grená, nem cor de vinho, nem mesmo alaranjada.
De repente, alguém gritou: “Ei, pessoal, onde está a bola?” Todos pararam de falar – estavam todos falando ao mesmo tempo, e foi então que perceberam um alarido parecido com aquelas gargalhadas gostosas que as crianças dão quando sentem cócegas.
Correram para a janela e viram uma criançada brincando com a bola, que parecia feliz sendo jogada de mão em mão. Ficaram enfurecidos com tamanho desrespeito com a bola. Ficaram também muito contrariados com a bola, que parecia tão feliz, mas não tiveram coragem de admitir, afinal, a bola, era a bola.
Lá fora, sem dar a mínima para os dez homens importantes, estavam as crianças brincando e se divertindo a valer com a bola que os dez homens importantes pensavam que era deles. E nenhuma das crianças sabia qual era a cor da bola.
Via - Blog do Ed René Kivitz
— Eu quero que vocês carreguem uma pedra pra mim!
Foi só isso que ele falou. Simão Pedro não entendeu o porquê. E também Jesus não explicou. Então Pedro deu uma olhada em volta e pegou o menor pedregulho que pôde achar e pôs no bolso. E Jesus disse: “siga-me!”
Então eles andaram a manhã inteira e na hora do almoço Jesus pediu para que todos se sentassem.
— Cada um pegue a sua pedra.
Ele fez um gesto e todas as pedras viraram pães. Era hora do almoço!
Depois de 20 segundos de almoço, Pedro terminou. Quando o almoço acabou Jesus disse:
— Em pé! E eu quero que cada um de vocês carregue uma pedra pra mim.
Pedro ouvindo isso logo olhou em volta e viu uma rocha, colocou-a nos ombros, doeu muito, ele mal conseguia andar. Ele dizia: “Tá difícil, mas mal espero ver a hora do jantar!”
Na hora da janta, Jesus os levou a beira de um rio e disse-lhes:
— Cada um jogue a sua pedra no rio e venham, sigam-me! E quando ele começou a ir embora e largar tudo para trás, Pedro e todos os outros ficaram embasbacados com Jesus.
— Vocês não entenderam? – disse Jesus – Pra quem vocês estão carregando esta pedra? Eu pedi para vocês carregarem a pedra para mim!
Fonte: Outra Forma de Pensar
Pra quem você tem carregado as pedras? Pra si mesmo, ou para aquele que te deu a ordem? Pense nisso.
Este texto faz parte do e-book Correndo Atrás do Vento de Luiz Henrique Matos.
O livro está no final da página. Vale muito a pena uma visita no blog dele também.